Senador Jayme Campos defende reivindicações dos professores de Mato Grosso
Em pronunciamento, nesta quarta-feira (21.08), o senador Jayme Campos (DEM-MT) mostrou-se solidário ao movimento dos professores da rede estadual de ensino de Mato Grosso, que há nove dias pararam as atividades. A categoria reivindica reajuste salarial
Em pronunciamento, nesta quarta-feira (21.08), o senador Jayme Campos (DEM-MT) mostrou-se solidário ao movimento dos professores da rede estadual de ensino de Mato Grosso, que há nove dias pararam as atividades. A categoria reivindica reajuste salarial de 10,41%, inclusão da hora atividade para professores contratados, posse dos classificados no concurso de 2010 e melhoria na estrutura das escolas. “São, portanto, reclamações justas e que visam, sobretudo, o aprimoramento educativo em nossa região”, destacou.
O governo de Mato Grosso, segundo Jayme Campos, não está disposto a avançar no diálogo com a categoria, principalmente na questão do aumento dos vencimentos dos professores. “O governador Silval Barbosa sinalizou que não pretende prolongar os debates enquanto os professores permanecerem em greve. Criou-se, então, um impasse de difícil solução. De um lado, os professores não abrem mão de seu direito grevista; por outro, o estado se mantém irredutível no objetivo de não negociar com o movimento paradista”, comentou.
Em aparte, o senador Pedro Taques (PDT-MT) se associou à fala de Jayme Campos e afirmou que o estado tem mais professores contratados que professores concursados. “O que mostra o descaso do governo estadual com a educação. Enquanto a Secretaria de Educação do Estado está comprando buffet com salmão e outras iguarias estrangeiras, o professor está passando fome. O Secretário de Educação deveria responder aos professores por que ele está gastando tanto dinheiro nesse tipo de atividade”, cobrou o pedetista.
Para Jayme Campos, na queda de braço, quem perde é a sociedade mato-grossense, “que vê um dos pilares de sua civilização, que é o ensino público, ameaçado por radicalizações políticas”. Durante o discurso, o senador citou o colega Cristovam Buarque (PDT-DF), que costuma dizer que num país com as contradições sociais como as que tem o Brasil, a educação deveria ser uma obsessão do Estado.
“Qual a noção de um Estado rico economicamente, onde a educação é relegada a um segundo plano? O desenvolvimento mercantil deve ser precedido de fundamentos sociais e educativos que consigam transformar riquezas em bens para a coletividade. Escolas são muito mais do que prédios públicos, na verdade são centros de aprimoramento ético e tecnológico da sociedade”, enfatizou.
Quanto a Mato Grosso, Jayme Campos afirmou que estado aprendeu, ao longo de sua história, a plantar e a colher frutos da fertilidade de seu solo. “Agora, precisa aprender a cultivar pessoas, uma geração voltada ao conhecimento e a harmonia social. Isto se dá semeando o saber, arando o terreno fértil da mente humana, e plantando escolas democráticas e preparadas para o futuro de uma nação soberana”, afirmou.
O mato-grossense destacou a importância do professor. “Quando falo de escolas, não falo simplesmente de prédios, de laboratórios; falo sim do professor, que é a escola com alma; que é o propagador de ideias e o continuador de nossa civilização. Por isso mesmo, investir na qualificação e na melhoria salarial dos mestres significa olhar para o futuro com mais confiança. Portanto, os 10,41% de reajuste salarial que reivindicam é apenas o bônus de uma nova era de prosperidade e avanços humanísticos”, destacou.
Infraestrutura – Jayme Campos também chamou atenção para a greve dos servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT). “Outro movimento grevista merece nossa atenção neste momento: o dos funcionários do DNIT. Esta paralisação de 58 dias tem comprometido o ritmo das obras em andamento em todo o país. Especialmente em Cuiabá, construções na área de mobilidade urbana preparadas para a Copa do Mundo, estão sofrendo atrasos por falta de repasses de convênios com o governo estadual”, lembrou.
Para o democrata, obras paradas significam prejuízos “não só para os cofres públicos, como para toda a sociedade, que se vê obrigada a conviver com desvios e bloqueios de suas principais vias públicas”. Em Mato Grosso, segundo o senador, algumas obras chegam a ter atraso de mais de um ano, provocando transtornos e “quebradeira” no comércio local. “Faço um pedido para que o governo federal se esforce no sentido de chegar a um acordo com os funcionários do DNIT, pois o Brasil não pode parar em razão da greve de apenas uma categoria”, pediu Jayme Campos.
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