Professora de Porto Velho pretende levar o magistério da Terra a Marte
À frente do quadro-negro há 34 anos, a professora Sandra Maria Feliciano da Silva lançou um desafio para a própria carreira no futuro: dar aulas em Marte. A profissional de Porto Velho está entre os 705 candidatos selecionados para o projeto de colon
À frente do quadro-negro há 34 anos, a professora Sandra Maria Feliciano da Silva lançou um desafio para a própria carreira no futuro: dar aulas em Marte. A profissional de Porto Velho está entre os 705 candidatos selecionados para o projeto de colonização do planeta vermelho, que ocorrerá em 2024.
"A ciência tem uma linguagem toda dela, mas quando você quer passar as informações para uma determinada população, tem que fazer uma interface para passar o conteúdo de uma forma que as pessoas entendam. Com um discurso que seja mais direcionado, também posso lecionar lá", explica Sandra, garantindo que pode levar o magistério da Terra a Marte.
A professora de 51 anos já lecionou da alfabetização ao ensino superior e também para deficientes auditivos e visuais. Passou pelas disciplinas de Química, Filosofia, Sociologia e Matemática. Atualmente, trabalha na Escola Estadual Major Guapindaia, na capital de Rondônia, e em uma faculdade privada, nas áreas de Administração e Direito. Sandra também é escritora, advogada, aquariofilista e uma das candidatas para viajar ao planeta Marte.
A professora começou a lecionar ainda cedo. Aos 14 anos, trabalhava na alfabetização de idosos no Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral). Após entrar na faculdade de Administração, aos 17 anos, Sandra não desistiu do magistério, pois, segundo ela, é um "caso de amor". "Dou aula há 34 anos e, mesmo quando me aposentar pelo governo, continuarei a dar aula em faculdades", garante.
De acordo com a profissional, a escola não deve ser vista como instrumento de educação pessoal. "A escola serve para ministrar conhecimento. O triste é que a maior parte dos indivíduos não vê na escola um lugar para formação cultural dos filhos e sim um depósito onde deixam os filhos e ficam despreocupados", avalia Sandra, destacando que é importante que os alunos recebam um estímulo para buscar conhecimento também dentro de casa.
História de vida
A professora comenta que a mãe estudou até a 4ª série do ensino fundamental, mas sempre fez questão de acompanhar os estudos dos filhos. "Minha mãe sempre me colocou pra estudar, todos os dias sentava ao meu lado e me ensinava. Se eu tirasse uma nota 8, ficava de castigo, as notas tinham que ser 9 ou 10."
Pela experiência pessoal, Sandra Maria acredita que o professor pode transformar vidas. Segundo ela, todos os dias aparecem dificuldades nesse processo, como salas lotadas e uma carga horária elevada, mas, com a ajuda dos pais e do sistema de educação, o professor tem o poder de desenvolver um potencial único em cada aluno.
Na opinião da professora, o mundo é dinâmico e novas metodologias estão surgindo. Sandra relatou que, em suas aulas de Química, os estudantes são incentivados a usar a internet para auxílio das atividades. "Eu pedi aos alunos para pegarem os celulares, encontrarem a tabela periódica na internet e os ensinei a usar", conta.
DO G1/RO
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