Produtividade da pecuária aumentou 68,8% na última década, diz estudo
O criador de bovinos mato-grossense teve um aumento de 68,8% na produtividade na última década. De 2,15 arrobas por hectares em 2004, os pecuaristas passaram a produzir 3,63 arrobas por hectare em 2014.Os dados são do estudo Panorama Pecuária de Mato
O criador de bovinos mato-grossense teve um aumento de 68,8% na produtividade na última década. De 2,15 arrobas por hectares em 2004, os pecuaristas passaram a produzir 3,63 arrobas por hectare em 2014.
Os dados são do estudo Panorama Pecuária de Mato Grosso, realizado durante o projeto Acrimat em Ação 2015, no primeiro semestre, por meio de parceria entre a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Ao todo, 1.469 questionários aplicados nas principais regiões de pecuária no estado durante o projeto foram analisados na pesquisa.
Segundo a Acrimat, o resultado do estudo é um reflexo da estratégia adotada pelos produtores e mostra a produtividade da pecuária mato-grossense aliada à tecnologia e investimentos.
Os dados revelam um pecuarista atento às mudanças na cadeia produtiva. Se em 2006 a maioria dos animais abatidos tinham mais de 36 meses, em 2014 os animais com 24 a 26 meses compõem as escalas de abate nos frigoríficos. A suplementação é outro destaque, pois 48% dos entrevistados afirmaram suplementar outras categorias além das tradicionais.
“O perfil do boi abatido mudou na última década. A precocidade na entrega [dos animais aos frigoríficos] e os investimentos em suplementação, denotam adesão às novas tecnologias e atenção aos nichos de mercado – como é o caso do novilho precoce”, afirmou Olmir Cividini, superintendente da Acrimat.
O estudo informou que o sistema de engorda a pasto abrange 61,9% do rebanho de Mato Grosso, garantindo baixo custo e alto retorno. Apesar do reforço da vocação do estado com o “boi verde”, os questionários mostram que os confinamentos e semi-confinamentos também cresceram. Em destaque está o semi-confinamento, que traz melhor acabamento dos animais e tem a vantagem de terminar os animais mais cedo a um custo menor que o confinamento.
Quanto aos investimentos, 86,2% dos entrevistados disseram que aplicaram recursos para melhorias e manutenção das propriedades. A reforma de pastagens é a principal delas, com 36,8% de participação, seguida da compra de animais e genética, percentual considerado significativo pela Acrimat, já que o estado tem 24,9 milhões de hectares de pastagens.
Fonte: G1
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