Hospital de Cuiabá fará transplante de medula óssea
A partir do ano de 2016, o portador de leucemia que precisar ser submetido ao transplante de medula óssea do tipo autólogo não precisará mais sair de Mato Grosso. Ontem, o Hospital Santa Rosa, em Cuiabá, anunciou que estará disponibilizando o proced
A partir do ano de 2016, o portador de leucemia que precisar ser submetido ao transplante de medula óssea do tipo autólogo não precisará mais sair de Mato Grosso. Ontem, o Hospital Santa Rosa, em Cuiabá, anunciou que estará disponibilizando o procedimento a partir do ano que vem.
Atualmente, os pacientes que precisam realizar tanto o transplante autólogo, quanto o alogênico, são encaminhados para São Paulo e Curitiba.
Inicialmente, o serviço deverá ser prestado apenas para pacientes particulares e de convênios. Mas, é considerado um avanço.
“Isso é muito importante para os pacientes e seus familiares. É uma redenção para nossas crianças e adolescentes. Uma medida como esta agiliza o tratamento e o diagnóstico precoce e evita que O paciente precise sair para outra localidade em busca de tratamento”, avalia o presidente da Associação de Apoio à Criança com Câncer (AACC), Benildes Aureliano Firmo.
De acordo com a direção do Santa Rosa, a unidade de saúde está em fase de implantação para iniciar este tipo de procedimento denominado “autólogo”, no qual a medula que será transplantada é a do próprio paciente.
Nesse caso é feita a substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula.
Já o transplante alogênico é aquele que envolve a infusão de células de um doador para um paciente receptor.
O sistema de transplante no Santa Rosa vai disponibilizar uma unidade especializada com três leitos para pacientes que tiverem passado pelo processo e requerem cuidados especiais, que geralmente podem se prolongar por até 90 dias.
Conforme o hematologista e oncologista André Crepaldi, nesse período a imunidade fica bastante prejudicada e o paciente necessita de um ambiente especial para evitar infecções.
“Em muitos casos, o transplante é um sucesso e o problema vem no pós-procedimento. Esses dois leitos criados somente para estes pacientes é o que pode definir a sobrevivência deles”, informou Crepaldi, que atua no Santa Rosa Onco.
Segundo ele, além do transplante de medula, a unidade hospitalar ainda oferece tratamento para todos os tipos de câncer, utilizando os protocolos mundiais de quimioterapia.
A radioterapia do hospital, por exemplo, oferecerá a braquiterapia que é a radioterapia localizada com cápsulas no local do tumor, em caso do de próstata, o único tratamento em Mato Grosso.
“Hoje contamos com o equipamento mais moderno que há para radioterapia, integração entre os setores de nutrição e fisioterapia e ainda consultoria com os maiores especialista do Hospital Albert Eisntein de São Paulo por teleconferência em caso de necessidade de uma segunda opinião”, destacou.
A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas.
O transplante de medula óssea é proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como a leucemia.
O tratamento consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma medula saudável.
JOANICE DE DEUS
DIÁRIO DE CUIABÁ
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