Gaeco investiga suposta fraude de R$ 10 milhões em Várzea Grande
Um dos principais alvos da Operação Camaleão, deflagrada pelo Grupo de Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em órgãos públicos de Várzea Grande, na manhã desta terça-feira (18), é a empresa Carneiro e Carvalho Ltda.O Gaeco investiga,
Um dos principais alvos da Operação Camaleão, deflagrada pelo Grupo de Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em órgãos públicos de Várzea Grande, na manhã desta terça-feira (18), é a empresa Carneiro e Carvalho Ltda.
O Gaeco investiga, por exemplo, a capacidade técnica da empresa, considerando que, antes de atuar no ramo na engenharia civil, sua razão social era de uma sapataria.
As suspeitas são de que uma organização criminosa se instalou na Prefeitura Municipal, com um suposto esquema de peculato, corrupção e fraude a licitação.
Um dos motivos da investigação é um contrato firmado entre o Município e a Carneiro e Carvalho, no valor de R$ 10 milhões, e que foi barrado pelo Tribunal de Contas do Estado.
O bloqueio do repasse aconteceu em setembro deste ano, porém, a empresa já havia recebido R$ 4 milhões para fazer os trabalhos de tapa-buracos e pavimentação, que começaram em maio deste ano.
Por esse valor de contrato, a empresa teria que realizar serviços de manutenção de obras civis, hidráulicas, de rede elétrica e serviço de manutenção e readequação viária, em obras como drenagens, canteiros, rotatórias e praças.
Durante a operação, o prefeito Walace Guimarães (PMDB) disse que todo processo de licitação para contratação da empresa seguiu trâmites legais.
“Todos os procedimentos exigidos para se contratar uma empresa foram cumpridos. O que me parece que se questiona é se o atestado de capacidade da empresa é legal ou não. O fato de ela ter mudado a sua função não parece irregular”, afirmou o prefeito.
Agentes do Gaeco também devem investigar um funcionário da Prefeitura, cujo nome não foi revelado e que trabalha no setor de licitações.
Ele é suspeito de colaborar com a aprovação do contrato com a empresa Carneiro e Carvalho.
Entre as 11 ordens de busca, um foi cumprido no escritório de um advogado, que atua como braço direito do prefeito de Várzea Grande, e outro na casa do irmão do prefeito, o médico Josias Guimarães.
A operação
A operação Camaleão, deflagrada pelo Gaeco e Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), do Ministério Público Estadual, tem como foco uma suposta organização criminosa, que teria sido instalada na Prefeitura para a prática de delitos de corrupção, peculato e fraude a licitação.
O esquema, segundo as informações, conta com a participação de empresa do ramo de construção.
De acordo com o Gaeco, foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão pelo Tribunal de Justiça.
As apreensões visam à obtenção de provas para subsidiar as investigações.
Fonte: Max Aguir-Midia News
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