Escolas estaduais seguem ocupadas em cidades de MT há mais de um mês
Escolas estaduais seguem ocupadas por alunos em várias cidades de Mato Grosso. De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), 10 unidades de ensino estão ocupadas, além de uma assessoria pedagógica. Já de acordo com a União Nacional dos
Escolas estaduais seguem ocupadas por alunos em várias cidades de Mato Grosso. De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), 10 unidades de ensino estão ocupadas, além de uma assessoria pedagógica. Já de acordo com a União Nacional dos Estudantes (UNE), os estudantes estão ocupando 20 escolas no estado.
As ocupações tiveram início em maio deste ano e o movimento é liderado pela Associação Mato-grossense dos Estudantes (AME). Os alunos são contrários ao projeto do governo do estado que prevê transferir a gestão de 76 escolas estaduais para a iniciativa privada, por meio de Parceria Público Privada (PPP).
A UNE afirmou que em todo o Mato Grosso são 20 escolas estaduais ocupadas, sendo 15 delas na Grande Cuiabá, duas na região norte e três em Barra do Garças.
Por meio de nota, a Seduc afirmou que continuam ocupadas as escolas estaduais Padre João Panarotto e Raimundo Pinheiro (Cuiabá); Fernando Leite de Campos, Jaime Veríssimo de Campos e Elmaz Gattaz (Várzea Grande); Marechal Eurico Gaspar Dutra, Antônio Cristiano Cortez e Irmã Diva Pimentel (Barra do Garças); Alda Gawlins Scopel (Primavera do Leste) e Ramiro Bernardo da Silva (Rondonópolis). Além disso, a pasta informou que a Assessoria Pedagógica em Toxiroréu também foi ocupada.
Reivindicações
De acordo com Weliton de Souza, diretor de Cultura da AME, o movimento tem dialogado com o governo estadual e se unificou com o ato dos servidores do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintep-MT) - que nesta terça-feira (12) decidiram manter a greve iniciada em 31 de maio.
De acordo com o estudante, as principais reivindicações da associação são o cancelamento integral do projeto das PPP e a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes e esquemas de corrupção descobertos na Seduc.
Segundo Weliton, as desocupações não devem acontecer até que as pautas do movimento sejam atendidas. “Esse, na verdade, é só o começo. Nós queremos o diálogo e entendemos que os estudantes merecem uma escola 100% pública e de qualidade. A escola é quase uma segunda casa para a gente. Por isso, vamos continuar na luta”, defendeu.
Invasão na Seduc
Na segunda-feira (11), cerca de 50 alunos invadiram o prédio da Seduc, em Cuiabá. Os jovens estavam com barracas, acamparam no saguão da recepção e chegaram a impedir que funcionários da pasta subissem as escadas do prédio. O edifício foi desocupado após a assinatura de um termo de compromisso entre a Seduc e os estudantes.
Colniza Notícias/G1 MT
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