Dilmar Dal Bosco e Pedro Satélite são alvos de operação do Gaeco em MT
À época, Dilmar e Pedro foram citados como possíveis integrantes do esquema de fraude na licitação do transporte coletivo intermunicipal no estado
Deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) e o ex-deputado Pedro Satélite foram alvos nesta sexta-feira (14), de mandados de busca e apreensão, em operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com o Núcleo de Ações de Competência Originárias (Naco).
As buscas estão sendo realizadas em dois condomínios de luxo, um em Cuiabá, onde Salélite mora, e outro em Sinop (500 km da Capital), na casa de Dal Bosco.
De acordo com informações do Ministério Público Estadual (MPE), esta é a terceira fase da “Operação Rota Final”, deflagrada em 2018, pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra Administração Pública (Defaz).
À época, Dilmar e Pedro foram citados como possíveis integrantes do esquema de fraude na licitação do transporte coletivo intermunicipal no estado. Eles são investigados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação do setor de Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros de Mato Grosso (STCRIP-MT), promovida pela Secretaria de Infraestrutura do Estado de Mato Grosso e Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager).
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências de um deputado estadual, um suplente de deputado estadual e de uma assessora parlamentar, suspeitos de envolvimento no esquema. Os agentes policiais também devem cumprir ordem de prisão preventiva contra um empresário que seria o líder da organização criminosa e, também, impor o uso de tornozeleira eletrônica no representante do Sindicato dos Empresários do Setor de Transporte Intermunicipal de Passageiros (Setromat), que, por sua vez, está proibido de se ausentar do Estado de Mato Grosso, frequentar alguns órgãos públicos e manter contato com outros investigados.
Está sendo cumprida, ainda, ordem de sequestro judicial de bens dos investigados até o montante de R$ 86 milhões de reais, abrangendo vários imóveis, duas aeronaves (aviões), vários veículos de luxo, bloqueio de contas bancárias e outros bens necessários ao ressarcimento do prejuízo acarretado pela prática dos crimes.
A investigação, iniciada na Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso, foi encaminhada, com autorização do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), ao Gaeco em meados de 2019, onde foi concluída pelas autoridades policiais do Grupo Especializado, com supervisão do Naco Criminal. O Inquérito policial possui 47 volumes de elementos de informações. Mais de 20 (vinte) pessoas são investigadas, dentre eles alguns empresários e dois parlamentares estaduais.
A decisão emanada do TJMT proibiu a divulgação de conteúdos da investigação, bem como dos resultados da operação.
Vivian Nunes/O Bom da Notícia/Com Assessoria
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