Confresa é uma das cidades mais violentas do país; Colniza sai da lista
As quatro regiões mais violentas de Mato Grosso são Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop. É o que revela o último levantamento do governo estadual em relação às três principais taxas de criminalidades, que são roubo, furto e homicídio.
As quatro regiões mais violentas de Mato Grosso são Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop. É o que revela o último levantamento do governo estadual em relação às três principais taxas de criminalidades, que são roubo, furto e homicídio. As estatísticas foram registradas nos anos de 2010, 2011 e 2012. Já Confresa (1.149 km da Capital) ganhou destaque nacional, no ranking das cidades mais violentas do país – conforme lista divulgada pelo Mapa da Violência, estudo do governo federal.
Quanto ao levantamento das regiões do estado mais violentas, o resultado já era esperado, pois são as três regiões mais populosas de Mato Grosso.
Nos três requisitos analisados Cuiabá aparece em 1º lugar, com 37.593 casos de furto, 17.547 registros de roubo e 643 homicídios, ao somarmos os registros dos 3 anos.
Recentemente, em visita ao grupo RDNews, o secretário municipal de Apoio à Segurança Pública, tenente coronel Eduardo Henrique de Souza, atribuiu o alto índice de violência em Cuiabá como consequência do tráfico de drogas. Ele observou que o tráfico na Capital é intensificado por conta da proximidade com a fronteira da Bolívia. Antigamente, a cidade era apenas corredor para o tráfico, mas nos últimos anos grande parte das drogas tem ficado em Cuiabá.
No quesito roubo e assassinato, Várzea Grande aparece em segundo lugar no ranking com 10.807 e 447 registros, respectivamente, Rondonópolis aparece em terceiro lugar com 3.396 roubos e 366 mortes. Já Sinop em terceiro com 3.077 e 315 assassinatos. Apenas no quesito furto que Sinop lidera os índices com 16.323, perdendo apenas para Cuiabá. Rondonópolis vem em terceiro com 12.727 e Várzea Grande em quarto com 11.390 no período analisado (2010, 2011 e 2012).
O levantamento do Governo abrange 14 regiões sendo elas Cuiabá, Várzea Grande, Água Boa, Alta Floresta, Alto Araguaia, Barra do Garças, Cáceres, Diamantino, Juína, Pontes e Lacerda, Porto Alegre do Norte, Rondonópolis, Sinop e Tangará da Serra - veja levantamento completo aqui. Em relação a 2013, não há um levantamento por regiões, mas o governo informou que foram registrados 20.322 roubos, 46.930 furtos, 969 homicídios e 40 latrocínios.
Embora a segurança Pública seja de responsabilidade do Estado e na fronteira, da União, a situação caótica fez com que as prefeituras resolvessem entrar na briga contra a violência e tentam firmar parcerias para auxiliar essas esferas de Governo à combater a criminalidade.
Pelo menos quatro municípios criaram uma secretaria e/ou gabinete só para cuidar do assunto sendo eles: Nova Mutum, sob Adriano Pivetta (PDT), Rondonópolis, sob Percival Muniz (PPS), Cuiabá sob Mauro Mendes (PSB) e Primavera do Leste, sob Érico Piana (DEM). Já Várzea Grande, sob Walace Guimarães (PMDB), em vez de secretaria, investe no reaparelhamento da guarda municipal.
Confresa
O mesmo Mapa da Violência do Governo Federal que mostrava Colniza (1.114 km de Cuiabá), em 2007, como a cidade mais violenta do Brasil, agora, o último levantamento, publicado no final do ano passado, faz referência a Confresa. Esta aparece entre as 100 cidades mais violenta do país – levando-se em consideração o número de homicídios.
Confresa é o único município mato-grossense que aparece na lista mais recente das cidades mais violentas do país, ocupando a 45º lugar. A pesquisa levou em consideração as ocorrências registradas nos anos de 2009, 2010 e 2011.
Com 25.684 habitantes, lá foi registrado 37 homicídios neste período de três anos. Segundo o estudo, o índice de assassinatos na cidade é de 77,9 por 1 mil habitantes.
O prefeito de Confresa, Gaspar Domingos Lazari (PSD), questiona os números da pesquisa e garante que eles não refletem a atual realidade. Ele garante que os índices têm diminuído e que no ano passado só ocorreram dois assassinatos em uma fazenda. “A cidade é tranquila! Esses foram casos isolados”, argumenta.
A economia de Confresa é composta de atividade agrícola de subsistência e também pela pecuária. Por conta da chegada de um frigorífico e do crescimento das atividades do agronegócio, a cidade recebeu nos últimos anos forte movimento imigratório. Segundo o prefeito, vem crescendo 10% ao ano e tem hoje mais de 700 residências em construção.
Colniza, por sua vez, é um exemplo de sucesso, pois conseguiu superar o estigma da cidade mais violenta do país e até mesmo sair da lista das 100 cidades mais perigosas do Brasil. Hoje sob a administração de Assis Raupp (PMDB), a cidade já não sofre tanto com violência urbana e rural.
Em 2007, havia muita disputa de terra no município e consequente assassinatos de índios e posseiros, mas o prefeito acredita que a presença do Estado com o envio de policiais e da Justiça com a construção do Fórum e da promotoria levou a diminuição dos índices.
Ele reforça que a prefeitura não ficou alheia neste processo e investiu no diálogo com a população, sindicatos e associações rurais. Ele observa que ainda há problema de regularização fundiária na região, onde apenas 20% tem o título da terra, mas os produtores e prefeitura estão buscando solucionar a questão.
Colnizamtnoticias/RD News
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