Com 15 MW, MT é 10º no ranking do país em potência de energia solar instalada
Já o custo para instalação de painéis fotovoltaicos varia de acordo com a quantidade de placas e da potência a ser instalada.
Mato Grosso possui 15,5 megawats (MW) de potência instalada de energia solar. Com isso, é o 10º Estado no ranking nacional e contribui com 6,3% da geração nacional, que é de 250 MW. De acordo com mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), essa é uma marca histórica para o país, sendo que a microgeração (potência menor a 75kW) e minigeração (superior a 75kW e inferior a 3 MW) distribuída já são realidade em 27,8 mil sistemas solares conectados à rede no país. Os sistemas trazem economia e sustentabilidade ambiental a 32,9 mil unidades consumidoras e somam mais de R$ 1,9 bilhão em investimentos acumulados desde 2012.
O empresário Célio Fernandes, há três anos investiu R$ 300 mil em energia solar em uma das três lojas da rede de farmácia de manipulação que possui em Cuiabá. Ao todo foram 146 placas fotovoltaicas, que geram a economia de R$ 5 mil por mês. “A vantagem econômica é um dos principais fatores com a instalação do sistema de energia solar. Além disso, já se passaram quase três anos desde a instalação, e até hoje recebo muitas visitas de empresários, acadêmicos e clientes com o intuito de conhecer como funciona o sistema e quais são os benefícios que obtive na loja”, destaca.
Célio também orienta que não é suficiente apenas a instalação do sistema de produção energética fotovoltaica, e que é necessário ter eficiência energética. “Hoje é essencial trabalhar com a prática de eficiência energética. Com o uso correto de energia, equipamentos econômicos e medidas de economia conseguimos diminuir em 37% o consumo de energia na loja onde foram instaladas as placas. Essa é uma outra vantagem que viabiliza realizar um investimento menor em energia solar e mesmo assim conseguir suprir a demanda”, pontua.
De acordo com a Absolar, em relação ao número de sistemas instalados, os consumidores residenciais representam 77,4% no país. Em seguida, estão as empresas dos setores de comércio e serviços (16%), consumidores rurais (3,2%), indústrias (2,4%), poder público (0,8%) e outros tipos, como serviços públicos (0,2%) e iluminação pública (0,03%).
Em potência, os consumidores dos setores de comércio e serviços lideram o uso da energia solar fotovoltaica, com 42,8% da potência instalada no País, seguidos de perto por consumidores residenciais (39,1%), indústrias (8,1%), consumidores rurais (5,6%), poder público (3,7%) e outros tipos, como iluminação pública (0,03%), e serviços públicos (0,6%).
O presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, avalia que há um interesse crescente pela instalação de sistemas fotovoltaicos. “O Brasil possui mais de 82 milhões de unidades consumidoras e um interesse crescente da população, das empresas e também dos gestores públicos em aproveitar seus telhados, fachadas e estacionamentos para gerar energia renovável localmente, economizando dinheiro e contribuindo na prática para a construção de um país mais sustentável e com mais empregos renováveis locais e qualificados”.
Quanto à forma de produção de energia elétrica com fonte em energia solar, existem dois sistemas: o heliotérmico – que é utilizado principalmente em usinas, e consiste na conversão da radiação em energia térmica e depois em elétrica – e o fotovoltaico, no qual a radiação solar é convertida em energia elétrica por meio dos painéis solares.
Já o custo para instalação de painéis fotovoltaicos varia de acordo com a quantidade de placas e da potência a ser instalada. De acordo com a média do mercado, os preços podem variar entre R$ 12 mil, para residências pequenas ou chegar a R$ 120 milhões em uma usina com capacidade para 1 MW.
Fonte: RD News
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