Bebê cardíaco consegue vaga em hospital pediátrico de Curitiba e será transferido
Família de João Gabriel entra na Justiça para cobrar tratamento adequado para doença dele, que é grave. Indicação médica é por curgria de urgência
Por ordem judicial, o bebê João Gabriel Tauffer será transferido nas próximas horas para o Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba (PR). A equipe médica do Hospital Santa Casa, em Rondonópolis, aguarda apenas a liberação de uma UTI aérea para os procedimentos de transferência. A unidade é considerado o maior hospital pediátrico do país.
A remoção do recém-nascido, diagnosticado com um quadro grave de cardiopatia, tinha sido determinada pela Justiça na última quinta (10). Porém, somente nesta terça (15), é que a mãe, Cândida Tauffer, foi comunicada pelos médicos da abertura de uma vaga na capital paranaense.
"Para nós é um grande alívio, mas ainda precisamos da UTI móvel para e ela ainda não está a disposição. Saímos de Água Boa, diante de tanto sofrimento, viemos para uma UTI, onde fomos bem assistidos e agora vamos rumo a cirurgia", disse Cândida, bem mais tranquila, embora o quadro de saúde de João seja preocupante.
No domingo (13), o quadro de saúde de João teve uma pequena piora, sendo necessário o uso ventilação auxiliar para oxigenar os pulmões. Nesta terça, o seu quadro estava estável, embora ainda com o uso dos aparelhos auxiliares.
Complicações
Morador de Canarana (a 837 km de Cuiabá), João Gabriel foi levado às pressas no dia 4 de maio para o Hospital Regional Paulo Alemão, em Água Boa, com um quadro de cardiopatia grave, que apresentava o entupimento de três veias do coração e sopro. Os médicos recomendaram a transferência imediata para uma UTI Neonatal. Diante da situação, a família recorreu a Defensoria Pública.
O bebê permaneceu em Água Boa até o dia 7, quando por decisão judicial, foi transferido para o Hospital Santa Casa, em Rondonópolis. Com o quadro de saúde inspirando cuidados, a equipe médica indicou a necessidade de cirurgia de urgência e novamente, a família recorreu a Justiça, que determinou ao Estado o prazo de 48 horas a contar do dia 10 para a internação em uma unidade especializada para esse tipo de tratamento.
A espera durou quase cinco dias para o anúncio da transferência, no entanto, ainda depende da liberação da UTI aérea. "Nossa expectativa é que possa acontecer ainda hoje", espera a mãe.
Francis Amorim
De Barra do Garças
O que achou? ... comente