Quatro hospitais suspendem atendimento a pacientes do SUS
A Santa Casa de Misericórdia, o Hospital Santa Helena, o Hospital do Câncer e o Hospital Geral Universitário (HGU), em Cuiabá, vão paralisar o atendimento de novos pacientes no próximo dia 25, devido à falta de condições financeiras.Por meio de s
A Santa Casa de Misericórdia, o Hospital Santa Helena, o Hospital do Câncer e o Hospital Geral Universitário (HGU), em Cuiabá, vão paralisar o atendimento de novos pacientes no próximo dia 25, devido à falta de condições financeiras.
Por meio de suas respectivas diretorias, as quatro unidades acusaram a Prefeitura da Capital de não repassar R$ 12 milhões dos recursos do Ministério da Saúde para custeio do atendimento de média e alta complexidade.
Do valor divido, R$ 5 milhões seriam destinados para o HGU, R$ 4 milhões à Santa Casa, R$ 2 milhões para o Hospital do Câncer e o restante, para o Santa Helena.
O repasse é referente aos meses de outubro e novembro, e já estaria na conta da Prefeitura Municipal.
“A suspensão das atividades noticiadas dão-se por absoluta falta de condições financeiras e operacionais decorrentes do não repasse dos recursos referentes ao teto de alta e média complexidade, que tem como correspondentes da Rede Cegonha e os pacientes da Frente de Terapia Renal, oncologia e cardiologia”, disse Antônio Preza, superintendente da Santa Casa, durante entrevista coletiva, na tarde desta segunda-feira (22).
Ainda de acordo com os diretores, a paralisação deve ocorrer pelo período de 72 horas, e a estimativa é que 2 mil pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), atendidos pelas unidades de saúde sejam prejudicados.
Somente no Hospital do Câncer, 60 crianças recebem atendimento diário e o Hospital Santa Helena faz 20 partos por dia.
"Nós vamos fazer o máximo para atender quem chegar, mas informo que estamos sem condições", disse Diogo Sampaio, representante do Santa Helena.
O superintendente do Hospital Geral Universitário, Sidnei Rugeri, confirmou que a unidade de saúde está sem condições de receber novos pacientes, e os que já estão internados não podem sofrer com isso.
"Eu preciso preservar os que já estão internados. Não posso colocar em risco os meus pacientes e, principalmente, o meu quadro de medicamentos. Se eles não pagarem, um dia isso vai acabar. E como ficaremos?", questionou o superintendente.
Segundo Antônio Preza, uma reunião já foi feita com representantes da Prefeitura de Cuiabá, mas ninguém deu sinalização de pagamento.
"Eu percebi que, neste ano, dificilmente, sai dinheiro da Prefeitura", afirmou.
Outro lado
O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público Estadual (MPE) já foram informados da situação, mas ainda não se pronunciaram a respeito.
Já o secretário municipal de Saúde, Werley Perez, foi procurado para se posicionar sobre o assunto, mas, não atendeu as ligações.
A assessoria do secretário informou que vai encaminhar uma nota de esclarecimento sobre o caso, ainda nesta segunda-feira.
Fonte: Midia News
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