Polícia procura homem que teria forjado morte para ficar rico
A Polícia do Pará procura um homem que teria forjado a própria morte, no município de Pau D’Arco, no sul do estado. O suspeito teria inventado um sepultamento para receber um seguro de vida milionário, até que familiares do verdadeiro morto enterr
A Polícia do Pará procura um homem que teria forjado a própria morte, no município de Pau D’Arco, no sul do estado. O suspeito teria inventado um sepultamento para receber um seguro de vida milionário, até que familiares do verdadeiro morto enterrado no local descobriram a fraude.
A lápide no cemitério da cidade tem foto, o nome de Ricardo de Azevedo Silva Evanjelista e a data da morte, 30 de julho de 2015. Segundo a polícia, os familiares de Ricardo, que são do Rio de Janeiro, reuniram os documentos da suposta morte em um acidente de carro na rodovia BR-155 e deram entrada em uma seguradora para resgatar o valor do seguro de vida do parente.
Desconfiada do caso, a seguradora abriu um boletim de ocorrência na delegacia de Pau D’Arco para assegurar que o fato realmente havia acontecido. Mas, durante a investigação, a polícia não conseguiu encontrar registros do acidente ou do carro envolvido nem o registro da entrada de Ricardo Evanjelistas em hospitais da região.
“Tudo está indicando fortemente na existência dessa fraude e na inexistência da morte. A família desse fraudador juntou perante instituições, até então verdadeiros, dando conta da morte dele”, relatou o delegado Lúcio Flávio.
Entre os documentos que os familiares entregaram à seguradora para resgatar o valor do seguro estão os recibos de uma empresa de guincho e de uma funerária de Pau D’Arco. No entanto, o proprietário do guincho e o funcionário da funerária, que passaram o recibo para família de Ricardo Evanjelista, revelaram que não realizaram o serviço.
“Não resgatei carro nenhum. A questão do recibo, um conhecido meu veio pegar esse recibo comigo dizendo que era para receber um guincho de outra pessoa”, afirmou o proprietário do veículo. “O erro foi meu de ter feito a nota sem ter ido verificar se realmente o corpo estaria lá”, acrescentou o funcionário da funerária.
Exumação
Para constatar se Ricardo está enterrado no cemitério da cidade ou não, a polícia pediu a exumação do corpo que está sepultado na lápide, fato que deixou os familiares de Raimundo da Silva, o verdadeiro morto enterrado na sepultura, inconformados.
“Depois que o velho está morto, ao invés de descansar em paz, vai ter que exumar o corpo para provar que ele não é esse rapaz que está enterrado”, disse a filha dele, Maria Moreira.
Com passagens pela polícia do Rio de Janeiro, Ricardo de Azevedo Silva Evanjelista agora é procurado pelas polícias carioca e paraense.
Colniza Notícias/G1
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