Polícia prende Paulo Taques primo de governador por tentar manipular investigações em MT
A prisão foi cumprida pelo delegado Juliano Silva de Carvalho
A Polícia Civil prendeu preventivamente às 11h44 desta sexta-feira o ex-secretário da Casa Civil de Mato Grosso, Paulo Taques. Ele foi detido em sua casa no condomínio Florais Cuiabá.
A prisão foi cumprida pelo delegado Juliano Silva de Carvalho, que também solicitou a detenção. A decisão partiu do desembargador Orlando Perri de Almeida, que comanda as investigações no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Paulo Taques é acusado de mandar realizar grampos ilegais no Estado, por meio do esquema denominado “barriga de aluguel”. Entre as pessoas grampeadas a mando do ex-secretário está a ex-amante dele, a publicitária Tatiana Sangalli, deputada estadua Janaína Riva (PDMB), além de jornalistas, advogados, servidores públicos e médicos.
As primeiras informações são de que Paulo Taques foi preso por tentar manipular as investigações. Ele teria tentado pressionar e influenciar delegados que estão nas investigações.
Paulo Taques já deixou sua casa. Neste momento, ele se encontra no Fórum de Cuiabá, onde passará pór uma audiência de custódia.
Caso sua prisão preventiva seja mantida, Paulo Taques será encaminhado ao Centro de Custódia de Cuiabá. No entanto, a tendência é que ele e outros quatro policiais militares sejam transferidos a qualquer momento para um presíodio de segurança máxima em Campo Grande (MS).
Há uma semana, Orlando Perri solicitou a Justiça Federal de Mato Grosso do Sul a disponibilização de oito vagas para os acusados de arapongagem em Mato Grosso. A resposta ainda não foi dada.
GRAMPOS
O esquema de grampos ilegais no Estado foi denunciado pelo promotor Mauro Zaque, ex-secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, à Procuradoria Geral da República. Ele revelou que um grupo de policiais, que realizava investigações de crimes no Estado, inseria números alheios as investigações para serem grampeados.
Entre os alvos de escutas ilegais estão advogados, médicos e políticos. Por conta do esquema, ainda estão presos os coroneis Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco e Ronelson Barros, além do cabo Gérson Correia.
O tenente-coronel Januário Batista e o cabo Eucliedes Torezan também foram presos, mas conseguiram liberdade junto ao Tribunal de Justiça. Os dois decidiram colaborar com as investigações.
Fonte: folha max
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