Médicos da rede pública em Cuiabá decidem por greve geral
Em assembleia-geral realizada na noite de terça-feira (3), os médicos das unidades públicas de saúde de Cuiabá decidiram pela greve geral, a partir da próxima segunda-feira (9).Segundo o Sindicato dos Médicos do Estado (Sindimed), a categoria quer
Em assembleia-geral realizada na noite de terça-feira (3), os médicos das unidades públicas de saúde de Cuiabá decidiram pela greve geral, a partir da próxima segunda-feira (9).
Segundo o Sindicato dos Médicos do Estado (Sindimed), a categoria quer o cumprimento das cláusulas de acordo firmado em outubro de 2013. Os médicos também cobram o reajuste salarial e mais segurança nas unidades de Saúde.
Antes da assembleia que definiu pela paralisação, os profissionais fizeram um protesto em frente ao Pronto Socorro da Capital.
Nesta quarta-feira (4), os médicos da rede pública de Várzea Grande definem se vão aderir ao movimento.
Na assembleia de ontem, os profissionais também discutiram sobre a terceirização do setor de urgência e emergência do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande, melhores condições de trabalho e ajuizamento de ações de cobrança.
Conforme o MidiaNews antecipou ontem, os profissionais querem que os salários sejam reajustados até alcançarem o piso da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que prevê proventos de quase R$ 11 mil. O reajuste faz parte de uma campanha nacional de melhoria salarial.
Médicos que atuam no Hospital Universitário Julio Muller (HUJM), em Cuiabá, e os profissionais que atuam no Pronto Socorro de Várzea Grande também aderiram à campanha.
“Vamos começar uma campanha salarial para chegar a um piso de R$ 11,997 mil, conforme a Fenam”, disse Osvaldo Mendes, diretor do Sindimed.
Além disso, os médicos exigem a ampliação do número de segurança e policiais nos postos de saúde, policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPA), para evitar que casos, como o ocorrido no início do ano, se repitam.
Na ocasião, um médico e uma técnica de enfermagem lotados na Policlínica do Coxipó foram agredidos verbal e fisicamente por um paciente.
Emergência
Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura de Cuiabá informou que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem um plano de contingenciamento para a atenção básica.
O Executivo obteve uma liminar que obriga que seja mantido o atendimento em 30% nos postos de Programa de Saúde da Família (PSF) e de 100% nas policlínicas e Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Direito
Ontem, o secretário municipal de Saúde, Ary Souza, disse ao MidiaNews que o movimento é “uma prerrogativa da categoria”.
“Se ele optaram por fazer a greve, é um direto que eles têm. Estamos tomando as providências”, disse.
Segundo Souza, as exigências estão sendo atendidas na medida do possível, sendo que os pontos sobre a realização do concurso já foram sanadas e a questão do reajuste salarial foi definida, mas será discutida somente em abril.
“A data base dos médicos é abril e nós estamos dispostos a discutir dentro daquilo que é definido por lei”, disse.
Já sobre a segurança nas unidades de saúde, Souza classificou a agressão como um “fato isolado” e garantiu que o reforço policial foi providenciado, logo após o episódio.
“Eles estão se firmando em um fato isolado. No dia seguinte, mandei meu adjunto ao local e ele conversou com os profissionais e explicou a situação. Nós tomamos providências. Lá tem 24 horas de policiamento”, disse.
O secretário afirmou ainda que está aberto a negociações com os médicos, inclusive, com a mediação do Núcleo de Conciliação do Tribunal de Justiça, como ocorreu no último dia 13, quando a categoria ameaçou paralisar os atendimentos.
“Houve uma reunião com a categoria, na Junta de Conciliação. Não há razão para os médicos entrarem em greve, porque nós estamos aberto a negociações”, completou.
Fonte: Midia News
O que achou? ... comente