Justiça bloqueia R$ 13 mi do Estado para garantir salários de servidores de hospital
Fundação que administrava unidade hospitalar diz ter R$ 28 milhões para receber do Governo
A Fundação de Saúde Comunitária de Sinop impetrou ação para garantir os repasses dos meses de setembro, outubro e novembro, que não foram transferidos pelo Governo do Estado. Em decisão da justiça, houve o bloqueio das contas do Estado para garantir o pagamento dos servidores do Hospital Regional de Sinop, prestadores de serviços e fornecedores.
Segundo a direção, esta foi apenas uma etapa, mas ainda há muito o que ser feito. “Sentamos com os servidores antes de rescindirmos o contrato com o Estado e explicamos que teríamos que buscar meios judiciais para garantir a eles, aos prestadores de serviços e aos fornecedores, a liquidez dos seus débitos”.
Conforme informaram o bloqueio judicial foi de R$13 milhões, mas a dívida total do Estado com a fundação é de R$ 28,7 milhões, mais as dívidas contraídas na intervenção. A medida foi no intuito de garantir aos servidores o pagamento dos meses de setembro, outubro e novembro, mais cinco cestas básicas. “Vimos pela mídia que o Governo está dizendo que essa decisão judicial vai interferir no pagamento dos servidores. Não interferirá!”, afirmam ao dizerem que: se eles [Governo do Estado] estivessem tão preocupados assim, teriam feito os repasses financeiros em dia, ao contrário da Fundação que, em momento algum, deixou de pensar no pagamento dos servidores.
A Fundação e seu Conselho Curador também fazem questão de tornar público e rebater que o Governo do Estado é o único responsável pelo caos da saúde pública instalado em Sinop. “Como se não bastasse a omissão, ainda fazem questão de pregar inverdades dizendo que não cumprimos as metas quando, na verdade, eles nos ditaram que deveríamos manter o atendimento, apenas, das urgências. Já tornamos esse documento público, não sabemos o motivo de ainda insistirem nesse assunto”.
Essa foi apenas uma das várias batalhas que ainda precisam ser travadas para conseguir manter a honra e o nome que a Fundação levou quase 30 anos para construir em Sinop e região. “Eles precisam parar de arrumar desculpa para encobrir um erro que é só deles. Se não podemos emitir algumas certidões, foi porque eles deixaram de pagar fornecedores recolher impostos e tributos enquanto estavam como interventores do Hospital. Se estivessem tão preocupados com os servidores teriam cumprido e acompanhado o funcionamento da unidade, não teriam sendo omissos, com sucessivos atrasos e não pagamento das diferenças. Nós estamos tentando resgatar o direito de todos e para isso, estamos contando com a justiça institucionalizada”.
Importante citar que a Sociedade Beneficente São Camilo desistiu da gestão do Hospital Regional de Rondonópolis. A Associação Congregação de Santa Catarina deixou a gestão do Hospital Regional de Cáceres porque não suportou mais bancar os constantes calotes do Estado. Em Sinop, a Fundação que é composta por Curadores da cidade também não suportou a omissão e o calote do Estado. Será que todos são bandidos e só o Estado é bom?
Fonte: Folha Max
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