Deputado de MT é contra pílula anti-HIV
À reportagem, o deputado afirmou que é preciso dar tratamento às pessoas que já foram infectadas pelo vírus, garantindo sua qualidade de vida. Mas que, ao conceder uma droga que previne a doença, o Governo está motivando uma prática considerada errada.
O deputado federal Victório Galli (PSC), líder da bancada mato-grossense no Congresso Nacional, se posicionou contrário à distribuição da pílula anti-HIV, chamada Truvada. Para o parlamentar, a medida contribuirá para a promiscuidade e liberdade sexual.
À reportagem, o deputado afirmou que é preciso dar tratamento às pessoas que já foram infectadas pelo vírus, garantindo sua qualidade de vida. Mas que, ao conceder uma droga que previne a doença, o Governo está motivando uma prática considerada errada.
O blog também questionou o deputado sobre casos em que parceiros e parceiras são infectados devido à infidelidade de seu par, como o caso de mulheres casadas que acabam sendo infectadas pelo esposo, que a trai sem, ao menos, se prevenir com o uso de camisinha.
Em resposta ao exemplo, Galli afirmou que apesar de a pessoa – neste caso – ser uma vítima, a pílula não é o melhor remédio, e sim a fidelidade entre o casal.
“O Governo trabalha, com os nossos impostos, para que a sacanagem continue por causa da infidelidade. O governo não tem culpa da infidelidade”, argumentou.
O deputado ainda argumentou que a melhor forma, em sua avaliação, de se evitar a infecção pelo HIV, é manter uma vida casta e fiel ao parceiro, conforme determinada os princípios cristãos.
A pílula
O Governo Federal passará a distribuir gratuitamente este mês, em 11 estados do país, a droga batizada por Truvada. O objetivo é reduzir o aumento de novos casos de HIV no país. Neste primeiro momento, o Governo fará triagens e terá jovens gays, do sexo masculino, como público-alvo.
Levantamento feito pela Unaids (Programa de Aids da ONU), em parceria com o aplicativo de encontros gays, o Hornet, aponta que 27% das pessoas que se enquadram neste perfil têm praticado sexo sem o uso de preservativos.
Além desse público-alvo, a pílula deverá ser distribuída também a outras pessoas consideradas vulneráveis ao vírus: parceiros de soropositivos, pessoas trans, profissionais do sexo e usuários de drogas.
Apesar do avanço na prevenção da doença que a pílula pode proporcionar, o modo mais seguro para evitar esta e outras infecções de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), de acordo com o Ministério da Saúde, ainda é o uso de preservativo – feminino ou masculino – durante as relações sexuais, inclusive durante o sexo oral.
Fonte: Isso é Notícia
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